A farsa
• O caso que ficou conhecido como execuções do setor Jaó, onde policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) foram flagrados assassinando dois homens e plantado o famoso ‘kit confronto’ na cena do crime tem novos capítulos no julgamento dos réus.
• Junio José Aquino Leite, 40 anos, e Marines Pereira Gonçalves, 42 anos, foram executados friamente pelos militares. Para azar dos assassinos, um aplicativo espião, instalado no celular de Junio gravou tudo.
Mais que informante
• Imagens de Câmeras de Segurança do Tribunal de Contas do Estado mostraram os policiais do COD reunidos minutos antes do crime com PMs da Inteligência e da P2. Segundo a Polícia Civil, o encontro foi para planejarem o crime.
• As vítimas apareceram em um vídeo dizendo que tinha um compromisso ao meio-dia de uma segunda-feira para buscarem um “trem” na sede do COD, em Goiânia.
• O tenente coronel Fábio Francisco da Costa contou em depoimento que Junio José, vulgo Pirata, trabalhava como informante de alguns policiais. O G24H obteve uma informação exclusiva sobre esse trabalho, que vinha com recompensas como esse “trem para buscar no COD”.
Depoimento da Esposa do Pirata
• Luana da Silva Leite, esposa do pirata, revelou que o marido tinha ‘negócios’ com policiais militares e que ela ficou sabendo desse ‘trabalho’ há cinco anos, quando ele teria se envolvido na morte de Yuri Heeymbeck, de 20 anos, e Laryssa Eduarda dos Santos, de 17 anos, em 2019. Era o início do governo Caiado, com tempo sombrios pela frente.
• Os dois teriam sido mortos em um trabalho de extorsão na parceria entre Pirata e Policiais Militares. Ela também contou que Pirata estava envolvido em um caso de estelionato com um policial. Ela disse que estava com medo.
Milícia
• Os depoimentos neste julgamento poderão trazer pendurados ‘no cordão’ um grupo da minha ‘puliça’ do Caiado e seus ‘comandantes’ ricos, moradores de condomínios de luxo, incompatíveis com os salários que ganham, esses que ‘matam mais’, envolvidos com sujeira e drogas; milícia que suja a imagem da Polícia Militar de Goiás e que precisa ser expulsa e punida por seus crimes.