No dia 24 de dezembro de 2021, Caiado (UB) comemorou a entrada de Goiás no Regime de Recuperação Fiscal como se fosse “um presente de Natal”.
Não adiantou deputados estaduais e federais alertarem sobre os critérios pesados e a delimitação do teto de gastos que poderiam custar caro ao Estado. Na cabeça dele badalava o maldito RRF dia e noite. Assim ele poderia encostar na preguiçosa opção de não governar, não construir, não dar aumentos de salários aos servidores, enfim, nada fazer, por que? “Porque o governo estava no RRF”.
Três anos depois, Caiado aparece com a cara mais deslavada do mundo tentando atribuir ao presidente Lula (PT) a condição ociosa de seu pacato e tímido governo. Um chororô explicável: quem mandou entrar no RRF? Ele sabia muito bem que estaria comprometendo não apenas o governo dele, mas também dos próximos governadores por 20 anos.
O problema é: Caiado vai mostrar o que de avanço do seu governo na TV, caso concorra a presidência da república, quando for perguntado sobre o impacto de sua gestão? Terá apenas 8 anos ocos, vazios por dentro e sem obras. Caiado sabe que não tem um paralelepípedo para chamar de seu em Goiás e isto pesa em uma eleição nacional.
Além do mais, Caiado é péssimo para os servidores públicos e contemplou apenas parentes, amigos e marajás com cargos, supersalários e mamatas.
Sem palavra e chorão, Caiado ataca o governo federal. Cai em contradição. Vejam o que ele disse no dia em que entrou no RRF:
“sempre fui ao governo federal e o governo federal sempre disse: Para você entrar no RRF, você tem que cumprir essas cláusulas. Então, não cabe a mim escolher o que quero. Por que os outros Estados não entraram? Porque não cumpriram, eu fui o único que cumpri. Eu não minto, não repasso para outros o que não é responsabilidade dos outros. Não é responsabilidade do governo federal os problemas de Goiás”. Palavras do Caiado!
Agora o mesmo Caiado ajunta um monte de problemos em um texto mal redigido e tenta culpar Lula pelas cláusulas do RRF e por Goiás ter pela frente desafios com o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados, o Propag. É muita cara de pau!
Cristiano Silva
Editor
