sábado , 19 abril 2025
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Major Vitor Hugo: o espião de Caiado no PL?

Segredo, meninos

É um “segredo de Polichinelo” no PL goiano: o vereador Major Vitor Hugo (PL) atua como uma espécie de espião de Ronaldo Caiado (UB) dentro do partido, que deveria ser oposição, após as humilhações impostas aos supostos líderes da sigla que tentaram enfrentar a máquina do Palácio das Esmeraldas nas eleições em Goiânia.

Atropelo

O resultado? Sandro Mabel (UB), o apoiado de Caiado, venceu com um empurrãozinho extra – o uso descarado da estrutura do governo estadual como extensão de seu comitê de campanha, fato comprovado na justiça com fotos e vídeos na ação movida pelo próprio PL.

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás chegou a declarar a inelegibilidade de Mabel e Caiado, mas como em todo bom teatro político do nosso querido faroeste goiano, o enredo tem virada.

Influência e outras cartas na manga

Caiado recorreu e, graças à sua “influência” sobre o Judiciário local, aliás, informada com antecedência pelo site Metrópoles, — mais um segredo de Polichinelo — conseguiu reverter a punição.

O PL estava com o recurso pronto para Brasília, seria a “vingança” de Gustavo Gayer, que ainda lambe as feridas da operação da PF em sua casa, atribuída por seus aliados à ira do governador. Seria também uma espécie de justiça poética para Fred Rodrigues, exposto e humilhado publicamente com o escândalo de seu falso diploma universitário. Mas no último ato, quando tudo parecia encaminhado, Vitor Hugo entrou em cena com “amusement”, para salvar o pescoço de Caiado, garantir Daniel Vilela como aposta para 2026, e implodir a ofensiva do PL de Gayer, Wilder, Fred e outros iludidos.

No minuto derradeiro, o telefone de Wilder Morais tocou: “Não está autorizado.” E assim, o partido de Bolsonaro em Goiás abaixou a cabeça, engoliu seco e deixou Caiado dormir em paz.

Uma cena digna de tragicomédia. O PL teve a chance de colocar Caiado contra a parede, e preferiu o papel de figurante obediente. Quem viu de perto, sentiu aquela vergonha que nem é nossa, mas que dá vontade de pedir desculpa por quem protagonizou. Vergonha alheia — com V maiúsculo.

Cristiano Silva
Editor

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