sexta-feira , 16 maio 2025
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Caiado nega, o crime abastece: “Goiás é o paraíso dos postos do PCC”, aponta investigação do Ministério Público e da Polícia de São Paulo

Se liga, Caiado!

• A revelação de que Goiás está entre os estados com mais postos de combustíveis ligados ao crime organizado desmoraliza o discurso de segurança promovido por Ronaldo Caiado (UB). Os dados, divulgados pela imprensa nacional com base em investigações da Polícia Civil de São Paulo e do Ministério Público paulista, apontam que facções como o PCC usam esses estabelecimentos para lavar dinheiro em grande escala.

• O jornal O Popular noticiou, nesta quinta-feira (24), a reação do governador, que preferiu partir para o ataque ao governo federal em vez de enfrentar a gravidade dos fatos. Disse que era fake news. Será que o MP e a polícia de SP estão metidos em notícias falsas, governador?

Fatos

• Segundo a apuração, mais de 900 postos em 22 estados brasileiros estão sob suspeita, e Goiás ocupa o segundo lugar no ranking, com 163 unidades investigadas. As fraudes incluem sonegação fiscal, adulteração de combustíveis e uso de laranjas, compondo um esquema robusto de lavagem de dinheiro. As autoridades federais coordenam o esforço investigativo, e não há espaço para alegações de surpresa. Os indícios são sólidos e as instituições envolvidas têm histórico de rigor técnico.

Esquema

• Na tentativa de se blindar, Caiado desqualificou os números e exigiu do governo federal a “origem dos dados”. A ministra Gleisi Hoffmann, em resposta, defendeu a União e acusou o governador de ignorar a realidade. Enquanto isso, o crime organizado avança em setores estratégicos da economia goiana, favorecido pela negação do próprio chefe do Executivo estadual. É o tipo de comportamento que mais interessa às facções: o silêncio conveniente e a cortina de fumaça.

Blindagem

• Não basta declarar guerra ao crime em entrevistas. O enfrentamento real exige humildade para reconhecer falhas e compromisso com a verdade. Goiás, tido como “modelo” por Caiado, está imerso em suspeitas sérias — e a retórica não limpa o nome de um estado onde o crime encontra campo fértil para operar. Governar é assumir responsabilidades, não terceirizar culpa.

Cristiano Silva
Editor

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