• Privatização
O governador Ronaldo Caiado acabou com o Ipasgo e vendeu o Hospital do Servidor. À época, a real demanda era impedir que o governo continuasse usando o dinheiro dos servidores para compensar a falta de administração do próprio governo.
Hoje, sem hospital próprio e sem transparência sobre o destino da venda, o servidor se vê refém de um plano de saúde caro, pesado e incompetente.
• Mensalidade abusiva
Os novos planos Cerrado e Família, oferecidos após o registro do Ipasgo na ANS, ultrapassam os R$ 1 mil para pessoas com 59 anos ou mais — valor 48% maior que o plano anterior mais barato, mesmo oferecendo apenas leito em enfermaria.
O valor máximo para o plano Cerrado é de R$ 1.025,40 para pessoas com 59 anos ou mais. Para o plano Família, a mensalidade mais alta é de R$ 1.159,34 para quem tem idade igual ou superior a 59 anos. A alternativa é permanecer em planos antigos, que ainda têm cobertura mais ampla e reembolso fora do estado, mas sem garantia de manutenção futura.
• Usuário ignorado
Relatos de insatisfação se multiplicam entre os servidores, segundo a Associação dos Subtenentes e Sargentos, em entrevista ao jornal O Popular nesta quinta-feira (1º). Para o presidente da entidade, subtenente Sérgio de Souza, as decisões sobre os planos têm sido tomadas sem escutar os beneficiários, o que gera insegurança.
Diante disso, a associação avalia criar um novo plano próprio, temendo que a política de “privatizar sem ouvir” continue prejudicando os trabalhadores.
• Nós avisamos
O Goiás24Horas alertou há dois anos que a privatização do Ipasgo era um crime contra o plano de saúde dos servidores públicos. Agora, o prejuízo está escancarado.