quinta-feira , 1 maio 2025
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Caiado, que adora servidor público, vendeu hospital da categoria e desmontou o Ipasgo: mensalidade chega a R$ 1.159 para idosos

• Privatização

O governador Ronaldo Caiado acabou com o Ipasgo e vendeu o Hospital do Servidor. À época, a real demanda era impedir que o governo continuasse usando o dinheiro dos servidores para compensar a falta de administração do próprio governo.

Hoje, sem hospital próprio e sem transparência sobre o destino da venda, o servidor se vê refém de um plano de saúde caro, pesado e incompetente.

• Mensalidade abusiva

Os novos planos Cerrado e Família, oferecidos após o registro do Ipasgo na ANS, ultrapassam os R$ 1 mil para pessoas com 59 anos ou mais — valor 48% maior que o plano anterior mais barato, mesmo oferecendo apenas leito em enfermaria.

O valor máximo para o plano Cerrado é de R$ 1.025,40 para pessoas com 59 anos ou mais. Para o plano Família, a mensalidade mais alta é de R$ 1.159,34 para quem tem idade igual ou superior a 59 anos. A alternativa é permanecer em planos antigos, que ainda têm cobertura mais ampla e reembolso fora do estado, mas sem garantia de manutenção futura.

• Usuário ignorado

Relatos de insatisfação se multiplicam entre os servidores, segundo a Associação dos Subtenentes e Sargentos, em entrevista ao jornal O Popular nesta quinta-feira (1º). Para o presidente da entidade, subtenente Sérgio de Souza, as decisões sobre os planos têm sido tomadas sem escutar os beneficiários, o que gera insegurança.

Diante disso, a associação avalia criar um novo plano próprio, temendo que a política de “privatizar sem ouvir” continue prejudicando os trabalhadores.

• Nós avisamos

O Goiás24Horas alertou há dois anos que a privatização do Ipasgo era um crime contra o plano de saúde dos servidores públicos. Agora, o prejuízo está escancarado.