Feminicídio
• Uma menina de 10 anos foi baleada ao se jogar na frente da mãe para protegê-la dos tiros disparados pelo próprio pai, o sargento da PM Samir Carvalho, que assassinou a esposa com tiros e facadas dentro de uma clínica médica em Santos (SP).
O crime
• Amanda Fernandes Carvalho foi morta com vários tiros e ao menos dez facadas pelo próprio marido, dentro de um consultório médico onde tentava buscar ajuda, relatando que estava sendo ameaçada.
• A filha do casal, ao tentar impedir os disparos, foi atingida e socorrida para a Santa Casa de Santos.
O alerta ignorado
• Antes do crime, Amanda entrou desesperada no consultório do médico e alertou: “Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar”.
• O médico tentou proteger as duas, trancando a sala e bloqueando a porta, mas o assassino conseguiu acesso ao local após dizer que “estava tudo sob controle”.
• Policiais militares estavam presentes quando o sargento entrou e cometeu o crime, segundo depoimentos.
Versões conflitantes
• Inicialmente, a SSP-SP afirmou que os policiais chegaram após o crime, mas recuou ao admitir que os agentes estavam no local e que a porta foi aberta após o autor mostrar que estava “sem arma”.
• O médico relatou ter ouvido mais de dez tiros e se escondeu debaixo da mesa. Depois, encontrou a criança ferida e Amanda já sem vida, com uma faca cravada no pescoço.
Investigação e omissão
• A Polícia Militar instaurou inquérito para apurar a conduta dos agentes que atenderam a ocorrência.
• A Polícia Civil também abriu inquérito para investigar feminicídio e tentativa de homicídio.
• Até o momento, a SSP-SP não explicou por que os policiais permitiram a entrada do sargento armado, nem onde exatamente estavam quando ele assassinou Amanda.