E agora?
• Com a saída do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e adesão ao Propag, o governo de Goiás terá alívio significativo na dívida pública. A economia prevista até 2055 é de R$ 27 bilhões, com possibilidade de aumento de até R$ 3 bilhões por ano no teto de gastos.
• Acabou a desculpa usada pelo governador Ronaldo Caiado para o não cumprimento de compromissos com servidores e a ausência de investimentos em diversas áreas, apesar do aumento significativo nas receitas do estado.
Servidores
• O governo de Goiás acumula 18,19% de datas-bases não pagas aos servidores, segundo o Sindsaúde.
• Além disso, há um passivo de 13,95% referente aos anos de 2019, 2020 e 2021, reivindicado pelo Sindipúblico e outras entidades.
• A justificativa recorrente de Caiado era justamente a rigidez imposta pelo RRF, argumento que perde validade com a nova adesão ao Propag.
Concursados
• Na educação, 1.876 aprovados aguardam convocação. Com a saída do RRF, não há mais respaldo técnico para adiar nomeações.
Segurança
• Mais de 70 cidades goianas não contam com policiamento fixo. Em mais de 100 municípios, não há delegado titular.
• A Polícia Militar perdeu cerca de 1.500 agentes desde o início do governo Caiado — de 12 mil caiu para 10.500 — sem reposição.
• A PM trabalha com horas extras e sem reajuste salarial desde 2018.
• A estrutura segue defasada: sem comunicação digital e sem investimentos em inovação.
• O sistema prisional não recebeu nenhum investimento relevante — nenhuma penitenciária foi construída.
• Policiais civis esperam pelo cumprimento do plano de reestruturação das carreiras, firmado e não cumprido pelo governo.
Assembleia Legislativa
• Um novo embate já se desenha: deputados estaduais querem garantir a aplicação da lei que obriga as emendas impositivas a corresponderem a 2% da receita corrente líquida, e não os 1,2% praticados hoje.