• Gastos elevados
A Prefeitura de Goiânia elevou para R$ 7,3 milhões o valor empenhado para 14 shows na 78ª Exposição Agropecuária da capital. Os contratos foram firmados por inexigibilidade de licitação, com cachês que chegam a R$ 1,05 milhão. A Secretaria de Cultura ainda não informou a origem completa dos recursos.
O atual secretário municipal de Cultura, Uugton Batista, é conhecido por sua atuação anterior como articulador entre artistas sertanejos e o meio político. Agora, como gestor, é responsável pela liberação de contratos milionários para shows pagos com verba pública. Interessante, não?
Sua atuação desperta suspeitas de conflito de interesses, especialmente diante da ausência de licitação e da falta de transparência sobre a origem dos recursos.
• Reação institucional
O jornal O Popular mostrou nesta quarta-feira (21) que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) foram acionados com pedidos de apuração.
A promotora Leila Maria de Oliveira protocolou representação cobrando explicações sobre os pagamentos e possíveis irregularidades na aplicação dos valores.
• Crise ignorada
Em meio ao decreto de calamidade financeira prorrogado pela gestão do prefeito Sandro Mabel, a vereadora Aava Santiago (PSDB) questionou o contraste entre a justificativa de crise e os gastos com festas.
O Ministério Público de Contas também foi provocado a suspender a tramitação do decreto por incoerência orçamentária.