sábado , 4 maio 2024
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Macaco em loja de louças: com ameaças, Friboi dá show de inabilidade política e coloca em risco a aliança PMDB-PT

O tom de arrogância do empresário Júnior Friboi nas ameaças que fez contra o PT levaram o partido, em Goiás, a entrar em pé de guerra contra ele.

Falando como se a sua candidatura a governador fosse inevitável – algo que ainda depende de muita água rolando debaixo da ponte –, o empresário aventou até a hipótese de levar o PMDB a apoiar, no Estado, a candidatura de Eduardo Campos, caso o PT insista na cogitação do lançamento de uma candidatura própria.

É o caso de perguntar: como Friboi faria isso? O PMDB goiano se desgarraria do nacional e o acompanharia em uma decisão extravagante como essa?

Enquanto isso, cópias das desastradas declarações do milionário já foram parar nas mãos do vice-presidente Michel Temer, padrinho de Friboi e artífice do seu ingresso no PMDB goiano.

Em Goiás, o PT em peso vem reagindo contra Friboi.

Dentro do PMDB, consolidou-se também a preocupação com o despreparo de Júnior Friboi, que aparenta total falta de experiência com a diplomacia da atividade política, onde as regras de convivência são bem diferentes, por exemplo, da frieza e objetividade do mundo dos negócios.

É que, no final das contas, mesmo saindo da boca de Friboi, os ataques ao PT podem comprometer a aliança com o PMDB, em um momento em que as cabeças mais sérias de ambos os partidos avaliam que há chances de vitória em 2014.

Tem soado mal, além disso, sendo entendidas como uma ameaça em nível interno, as constantes afirmações do rei da carne no sentido de que a sua “candidatura é irreversível” e “não tem volta”, quando se sabe que esse assunto só será decidido na convenção de junho do ano que vem – digamos assim, a hora da verdade, em que o PMDB decidirá entre Friboi e Iris Rezende.