Se depender do trabalho das suas respectivas assessorias de comunicação, os candidatos da oposição ao Governo do Estado – Iris Rezende, Júnior Friboi, Vanderlan Cardoso e Antônio Gomide – não vão se sair bem na eleição.
A sucessão de erros e gafes – é preciso reconhecer que, no caso de Gomide, em número bem menor – vem colocando os candidatos em situações constrangedoras e os expondo a vexames públicos.
Veja o exemplo dos falsos elogios a Vanderlan, atribuídos à ex-senadora Marina Silva, que foram postados no Facebook do próprio empresário. Isso provavelmente foi coisa de assessor empenhado em agradar o chefe. Assessor que não se preocupou em verificar se o perfil de Marina Silva de onde a frase foi retirada era autêntico ou não. Se foi Vanderlan mesmo quem postou e a assessoria não avisou ou corrigiu, o equívoco continua do mesmo tamanho (primeira letra do nome do assessor: Gercyley Batista).
Pior: o Facebook de Vanderlan, embora em primeira pessoa, é claramente alimentado por quem não sabe escrever em bom português e, além do mais, vive postando fotos do empresário em eventos sem público e sem personalidades de peso, consolidando a ideia de uma candidatura isolada e politicamente enfraquecida (precisa repetir a primeira letra do nome desse assessor?).
Júnior Friboi é outro caso grave. Sua assessoria de comunicação, que parece ser de bom tamanho e custar caro, pode ser definida como inexperiente e atrapalhada. Ou como definir que membros da sua equipe passem o tempo postando inconveniências nas redes sociais ou liberando informações, como fez o assessor Rodrigo Czepack, que não batem com a realidade (ele tuitou que o deputado José Nelto e o ex-senador Mauro Miranda haviam fechado com Friboi, sendo imediatamente desmentido pelos dois)?
E ainda tem os vídeos com trechos de discursos de Friboi recheados de erros grosseiros de português. Oh! Deus…
Vejamos agora Iris Rezende. Iris é vítima de assessores que querem modernizá-lo na marra, esquecendo-se de que ele é um homem do século passado que ainda fala em “carroceiros” e “lavadeiras”. Os perfis que eles abriram para Iris nas redes sociais – algo que o velho cacique peemedebista não imagina o que é – só pioram a imagem de arcaico e antiquado que ajudou a derrotar Iris a cada campanha. Não há nada mais incompatível sobre a face da terra do que Iris e redes sociais – então, pra quê insistir? (E só pra lembrar um exemplo, o ex-presidente Lula, mais novo que Iris, mas tão atrasado quanto, só frequenta as redes sociais através de uma assessoria altamente qualificada, que nunca criou problemas para ele).
Sim, falta juízo à “equipe” de comunicação de Iris e para comprovar essa verdade basta conferir a mensagem que ele “assinou”, por ocasião ao Dia Internacional da Mulher, no Instagram, tratando as mulheres como objetos de decoração.
A favor, vale lembrar que inserir Iris no mundo contemporâneo é uma tarefa perto do impossível.
Por fim, Gomide. Esse é zero em matéria de assessoria de comunicação, o que, por incrível que possa parecer, é uma vantagem. Quem entende da área logo percebe que é o próprio prefeito quem faz e desenvolve a sua estratégia. Ele não é bobo. O problema é que, vencido o primeiro momento como novidade, está se tornando repetitivo, com um discurso claramente improvisado e exaustivamente baseado em sua experiência como prefeito de Anápolis. Ninguém aguenta mais e ele corre o risco de repetir o fiasco de Vanderlan Cardoso, que em 2010 propôs reduzir Goiás à dimensão de Senador Canedo.
O “comentarista” político Vassil Oliveira, em quilométrico artigo na Tribuna do Planalto, já notou que, em matéria de comunicação, o governador Marconi Perillo dá de 10 a zero nos seus adversários.
E Vassil detesta Marconi. Se ele falou…