Em um mundo em que as distâncias foram encurtadas ou desapareceram diante da agilidade da internet e da facilidade da telefonia, o presidente da Assembleia, Helder Valin (PSDB), não se pronunciou sobre o escândalo dos supersalários – criados em segredo e denunciados pelo jornal O Popular, em trabalho de reportagem da jornalista Fabiana Pulcineli.
Valin encontra-se em viagem particular aos Estados Unidos, mas isso não justifica a sua omissão. Como é que o presidente – aquele que encarna fisicamente o Poder – permite que o Legislativo estadual fique sangrando, sem dar uma satisfação à sociedade?
Bastaria um telefonema ou uma nota, qualquer coisa, enfim, e teríamos pelo menos a sensação de que existe uma consciência moral e ética na Assembleia, que considera e respeita o seu papel institucional.
Mas, nada. Nem Valin nem a Assembleia, pela sua direção, se pronunciaram até agora. O Poder deixou de ser altaneiro para rastejar na lama.