O candidato ao Senado pela coligação liderada pelo PMDB, Ronaldo Caiado, obteve 35% na pesquisa Fortiori há pouco mais de um mês, logo após a confirmação na chapa de Iris Rezende.
Neste sábado, Caiado apareceu na pesquisa Ibope com 29% das intenções de votos. Não se deve comparar pesquisas de institutos diferentes, mas o indicativo é claro: o líder ruralista perdeu pontos no seu primeiro mês de campanha.
Há conclusões importantes a tirar. Primeiro, Caiado é tido como um político agressivo, que cultiva arestas e se comporta passionalmente. Em 1994, ele foi candidato a governador, saiu também na frente nas pesquisas e acabou em terceiro lugar (o vencedor foi Maguito Vilela).
Segundo, ao se lançar candidato a senador, Caiado meteu-se em uma campanha marcada por frases de efeito e denúncias sem provas – caso da acusação de que o Detran havia montado um caixa 2. Prometeu ainda entrar com uma “representação” (não disse onde entraria) contra a “cooptação” de prefeitos da oposição pelo Governo do Estado. Não só não “entrou” com essa tal “representação”, como não apresentou provas – nem do caso Detran nem da “cooptação” de prefeitos.
Terceiro: ao partir para a pancadaria contra o Governo do Estado, Caiado provavelmente incomodou grande parte das suas bases, que não o seguiram e permaneceram apoiando o governador Marconi Perillo. Isso significa votos perdidos, que o Ibope, na sua pesquisa, mostrou com clareza, ao apontar a queda nas intenções de voto de Caiado.
A aliança de Caiado com Iris Rezende, seu adversário histórico, já é difícil de explicar. Some-se a isso um modelo extravagante de campanha e o resultado é o que as pesquisas estão mostrando: a candidatura está encolhendo.
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