segunda-feira , 29 abril 2024
EleiçõesGoiás

Campanha agressiva e sem propostas transforma Caiado no campeão em interpelações judiciais desta eleição

Pelo menos dois departamentos da equipe de campanha do candidato a senador Ronaldo Caiado (DEM) trabalharam muito nas primeiras semanas de campanha: a comunicação e o jurídico.

Os assessores do departamento de comunicação a serviço de Caiado trabalharam dia e noite para produzir material ofensivo contra o governador Marconi Perillo (PSDB), seja na forma de vídeos, memes, textos, notas ou simplesmente frases de efeito vazias para o candidato usar nos seus discursos agressivos.

A baixaria foi tanta que o juiz Rodrigo Silveira mandou uma das assessoras do staff, Cristina Kott, retirar o material ofensivo à dignidade do governador dizendo que Cristina “transbordou o livre exercício da liberdade de expressão e de informação”.

A sentença contra Cristina, somada a tantas outras que colocam sob julgamento a baixaria preconizada pelo candidato ao Senado, fizeram do departamento jurídico outro núcleo estratégico da campanha.

Logo nos primeiros dias depois das convenções partidárias, Caiado foi interpelado pela Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop) porque disse, no Twitter, que tem o costume de destruir placas de sinalização de trânsito pelas estradas de Goiás afora. A Agetop quis saber quais placas ele destruiu para obrigá-lo a ressarcir os cofres públicos.

Caiado também flertou com denuncismo vazio e sem provas ao acusar o Detran, órgão do Estado, de fazer caixa dois para campanha eleitoral sem apresentar qualquer evidência probatória.

É por este comportamento raivoso e desrespeitoso que Caiado registrou 29% na pesquisa Ibope do último sábado, depois de cravar 35% em uma pesquisa anterior, do instituto Fortiori.

A população não aguenta mais tanta baixaria e o candidato insiste nela como pauta de sua campanha.

Vai pagar por isso.