Vem chumbo grosso contra a Prefeitura de Anápolis por aí.
O prefeito petista Antônio Gomide ainda não se pronunciou efetivamente sobre um dos maiores escândalos da área de saúde que já ocorreu em Goiás.
As denúncias apontam três nomes pelos desvios: Wilmar Alves Martins, Roberson Guimarães e Irany Ribeiro de Moura, todos integrantes da equipe petista do prefeito Antônio Gomide, irmão do deputado federal Rubens Otoni – hit no youtube com um vídeo em que aparece com grande intimidade ao lado do já condenado Carlos Cachoeira.
Sua gestão está envolvida no suposto desaparecimento de quase R$ 2 milhões de recursos públicos que deveriam se transformar em serviços médicos de emergência e acabaram virando pó ou dinheiro em bolso de criminoso.
O Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus/SUS) exige da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Anápolis a devolução imediata de R$ 1,7 milhão.
Os fatos teriam ocorrido no primeiro e segundo ano da gestão de Gomide, responsável por contratar seus auxiliares da área de Saúde.
Conforme a Polícia Federal, que investiga o caso, o dinheiro teria sido pago ao Serviço Móvel de Urgência (Samu) nos anos de 2009 e 2010, mas o atendimento desses profissionais não foi comprovado.
O SUS exige que o gestor devolva o dinheiro aos cofres públicos.
A Secretaria de Saúde vai tentar protelar mais uma vez e preparar nova defesa, informam fontes ligadas ao órgão.
Uma das pessoas que estava por trás da secretaria na época subsequente aos ilícitos era a médica Iranir Ribeiro, citada nas investigações.
Ela foi ex-secretária do governo Alcides Rodrigues (PP), aliado de Gomide, onde também deixou inúmeras investigações para trás.
A médica é velha conhecida do Ministério Público Estadual, sendo já famosa nas promotorias que investigam a administração pública – tanto em Goiás quanto em Anápolis.
O Ministério Público afirma que se as irregularidades se comprovarem, o dinheiro terá que ser ressarcido pelos três secretários de saúde que passaram pela pasta.
A Polícia Federal promete incriminar os responsáveis. “Após identificarmos a prática do crime, vamos procurar identificar os autores. Com isso, eles serão indiciados criminalmente e posteriormente o inquérito será remetido a Justiça Federal”, explica o chefe da Polícia Federal em Anápolis, Angelino Alves de Oliveira.
O caso de Anápolis começa a repercutir nacionalmente.
Na última semana, emissoras de TV, jornais e sites realizaram sistemática cobertura sobre o caso.
Recentemente a coordenação do Samu nacional reafirmou o interesse em acompanhar de perto os serviços em Goiânia.
Existem denúncias de que a frota de ambulâncias da Capital esteja sucateada, apesar de existirem recursos para cobrir os custos do serviço.