Frustrou-se quem esperava uma postura firme e transparente do presidente da Câmara Municipal, Anselmo Pereira (PSDB), nos seus primeiros dias como chefe do poder Legislativo.
Anselmo encastelou-se no principal gabinete da Casa e não tomou qualquer medida para sanear a rotina obscura e pra lá de suspeita que o seu antecessor, Clécio Alves (PMDB), estabeleceu durante sua gestão.
Em vez de combater o corporativismo, Anselmo o alimentou ao autorizar funcionários a trabalhar em regime de meio expediente durante todo o mês de janeiro. Fez ouvidos moucos à reivindicação para que a parede que vidro erguida no plenário – para separar o povo dos vereadores – fosse derrubada. Não autorizou auditoria nos balancetes do ex-presidente e limitou-se a agir como um presidente que vai dar continuidade às ações de Clécio.
O vento da mudança, que deu impulso à postulação de Anselmo à Presidência, começou a soprar em sentido contrário e empurrou o vereador na direção de Célia Valadão (PMDB) e Clécio Alves (PMDB), a quem ele combateu na eleição da Mesa Diretora.
Anselmo aproximou-se perigosamente da base de apoio do prefeito Paulo Garcia (PT). O radar do Governo já detectou a movimentação.