segunda-feira , 13 maio 2024
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Kajuru desabafa nas redes sociais, diz que foi traído na campanha de 2014 e culpa Vanderlan pela derrota: “Foram só sacanagens”

Em um longo post nas redes sociais, o comentarista esportivo Jorge Kajuru faz um desabafo: diz que, apesar de ter sido o quinto candidato mais votado na eleição para deputado federal, em 2014, perdeu porque foi traído por Vanderlan Cardoso – o “nosso” candidato a governador (as aspas irônicas em “nosso” são dele, Kajuru).

Kajuru acusa Vanderlan de ser uma espécie de “agente secreto” do governador Marconi Perillo e afirma que o milionário de Senador Canedo, além de não ajudar na sua campanha para a Câmara dos Deputados, atrapalhou o quanto pôde. Revela que foi proibido de participar dos eventos públicos da campanha do milionário de Senador Canedo e que, na reta final, foi alvo de uma série de “sacanagens” patrocinadas por Vanderlan.

Veja na íntegra o desabafo de Kajuru:

Aproveitando o momento atual, aqui venho paras colocar as cartas na mesa. transparência para mim é mandamento.  Como todos sabem, fui candidato a  deputado federal por Goiás na última eleição. Saibam, também, que só pude trabalhar (pedir voto) durante 38 dias, onde, com a ajuda de 13 mil reais do Jorcelino Braga, consegui 106.291 votos, fui o quinto mais votado de Goiás, o primeiro colocado de todo Brasil no meu partido, o PRP, e só perdi por questão de legenda e da nossa ridícula legislação.

A verdade às vezes tarda, mas nunca falha. Sobre o que tratarei aqui, ela me chegou completa, se somando ao que vivi e ao que trago na memória. Tudo diz respeito à minha relação com o Sr. Vanderlan Cardoso (relação que, aliás, nunca existiu), ele “nosso” candidato a governador na aliança PRP/PSC/PSB.

Este candidato – na verdade, candidato do Marconi para tirar votos do Íris Rezende – dispensou a mim um tratamento que cairia melhor num adversário e não num companheiro de chapa.

A mim ele cedeu um pequeno caminhão de som, sempre apresentando problemas mecânicos, exigindo do motorista, o Leonardo, que se tornou meu amigo, quase que milagres para dirigi-lo. Detalhe: sem poder sair das cidade.

Pasmem; O veículo só podia rodar aqui, pois o Vanderlan nunca o liberou para sair dos limites de Goiânia. Não o liberou nem mesmo para ir a Anápolis, onde recebi cinco mil votos sem lá ter comparecido – registre-se a minha gratidão ao Benjamim Beze Júnior, o Bezinho.

Nem pude ir a Aparecida e, pasmem, sem ter ali um Bezinho para me ajudar, recebi os votos de 10 mil eleitores. Como não tinha carro de som e nem gasolina para rodar no interior e no Entorno de Brasília e de Goiânia, fiquei usando o que me davam, ou seja, só passava pelas principais ruas de Goiânia e poucos bairros três vezes por semana.

A minha presença no carro de campanha do Vanderlan só se deu em única vez, assim mesmo aqui na Capital. Depois daí, fiquei proibido de acompanhá-lo. Vanderlan reclamou que eu só denunciava as corrupções de Marconi e ele não estava nem aí se tudo o que eu dizia era baseado em fatos reais publicados em meu livro “Dossiê K”, em 2002.

Isso é café pequeno, a se comparar com o mais grave: o boicote a mim pelo meu candidato. É de estarrecer. Na penúltima semana antes da eleição,  o Marconi foi alertado por Jayme Rincón e um tal de Santa Cruz, que as suas pesquisas internas garantiam a mim, Kajuru, uma votação de mais de 100 mil votos só na Grande Goiânia. Aqui na Capital fui distinguido por quase 90 mil eleitores, que fizeram de mim o segundo mais votado na hora do vamos ver.

Pois bem. Começa a semana da eleição e com ela começaram as sacanagens. Segunda-feira, nove e meia da manhã. Estamos de prontidão eu, Dudu, o Luís e as duas únicas meninas (de ouro) na minha campanha, quando o Dudu recebeu um telefonema do motorista, o Leonardo, com o seguinte recado: “Avisa o Sr. Kajuru que o caminhão de som dele pifou, está na oficina e não se sabe quando é que ele vai ficar pronto”.

Nunca ficou pronto. Durante a última semana não pudemos rodar em Goiânia e ficamos impedidos de ir ao Entorno de Brasília, onde vereadores das principais cidades  haviam programado encontros e me telefonavam desesperados, perguntando o que fazer. Tínhamos o plano traçado: ir ao Entorno e passar em Anápolis e adjacências, na volta.

Conclusão: perdi a eleição para um forte agente secreto de Marconi Perillo. Repito: o pouquíssimo de estrutura que tive nessa luta devo ao amigo Jorcelino Braga, cujo empenho muito contribuiu para a conquista de votos.

Também torno pública, mais uma vez, a minha gratidão ao trabalho fundamental realizado nas redes sociais pelo Marcos Paim, pelo André Tomazetti, pelo Dudu e pelas meninas, Patrícia e Renata. Gratidão ao Dr. Luciano Almeida, que nos assistiu, juridicamente, e aos amigos, aos taxistas, aos garçons e a todos os que de alguma forma contribuíram para que a nossa campanha tivesse vez e voz. (Jorge Kajuru)

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