quinta-feira , 16 maio 2024
Goiânia

“Intervenção” na Comurg é para inglês ver: companhia continua a pagar supersalários aos amigos de Paulo Garcia

 

O jornal O Popular desta segunda-feira informa, na coluna Giro, que o prefeito Paulo Garcia (PT) vai “intervir” na colmeia de abelhas da administração: a Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), desfalcada por inúmeros escândalos de corrupção desde a gestão de Pedro Wilson (PT).

Há fortes motivos para acreditar Paulo não vai mexer no vespeiro como promete.

Vamos a eles:

1) Há dois anos, surgiu a denúncia de que a Comurg pagava supersalários a amigos do prefeito. Os marajás, conforme reportagem do jornal O Popular, incorporaram gratificações ao longo dos anos que impulsionaram os seus provimentos para exorbitantes R$ 50 mil mensais – em que pese o teto salarial ser de R$ 19 mil. Pois bem. Até hoje estes felizardos continuam a engordar suas contas com dinheiro público. Paulo Garcia não teve coragem de mexer com seus amigos.

2) Estamos a menos de um ano do período eleitoral. Por que só agora o prefeito só decidiu “intervir” na Companhia, uma vez que dezenas de denúncias já caducaram e vários milhões de reais já devem ter sido desviados do erário, conforme suspeitas levantadas pelo Ministério Público?

3) Paulo Garcia gosta de contar um papo danado com essa balela de “moralizar” a prefeitura. Não faz muito tempo e ele prometeu uma reforma administrativa que representaria economia de R$ 80 milhões à prefeitura. Daí o secretário de Finanças, Jeovalter Correia, picotou o projeto pouco a pouco até que a economia se transformasse em gastos extras, uma vez que os cortes foram substituídos pela criação de cargos novos. Ninguém entendeu nada.

4) Quando estourou o último escândalo na Comurg, relacionado a fraudes em licitações e que envolvia figuras emblemáticas, como o ex-chefe de gabinete do prefeito Iris Rezende (PMDB), João de Paiva Ribeiro, o prefeito fez-se de bobo enquanto pôde. Paulo Garcia inclusive desrespeitou a recomendação do Ministério Público para que afastasse o então presidente da Comurg, Luciano de Castro. A prioridade do prefeito era preservar a companheirada.

É por essas de outras que ninguém acredita mais nas boas intenções de Paulo Garcia.

Não é à toa que sua popularidade está tão baixa.

Importante lembrar que todos os homens e mulheres que passaram pela presidência da Comurg desde a administração do ex-prefeito Pedro Wilson (PT) até hoje respondem a processos na Justiça. Entre eles, figuras ilustres como a ex-deputada federal Neyde Aparecida, o ex-deputado estadual Waguinho Siqueira  e Luciano de Castro (que brincou de esconde-esconde com oficiais de Justiça para fugir das notificações).

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