Estava marcado para as 9 horas desta segunda-feira o depoimento do empresário Lourival Louza Júnior, proprietário do Grupo Flamboyant, à Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Goiânia que investiga corrupção na emissão de alvarás para empreendimentos imobiliários.
No entanto, a poucos minutos do início da sessão, os advogados de Lourival informaram que ele não iria depor. Diante do boicote, os vereadores decidiram recorrer à Justiça para obrigá-lo a depor à força, por meio de condução coercitiva. “Esse moço pensa que é muito poderoso. Mas aqui ele terá que vir”, disse o vereador Paulo Magalhães (SD).
Esta já é a segunda vez que Lourival foge a convocações da Câmara. Quando foi chamado a depor na CEI que investigava fraude no IPTU de Goiânia, o empresário só consentiu em aparecer na sede do poder Legislativo quando os vereadores apelaram à Justiça e ele estava prestes a ser carregado na marra.
Como resultado dessa CEI do IPTU, o empresário ressarciu a prefeitura em aproximadamente R$ 3 milhões.
Os advogados de Lourival alegaram que ele não iria à Comissão por entender que o único objeto de investigação do grupo era a obra do residencial Europark, um monstrengo de mil apartamentos no Park Lozandes, próximo à sede da prefeitura. Na semana passada, estes mesmos advogados disseram que Lourival estava passando por um tratamento de saúde em São Paulo e sugeriram que apenas um representante do Grupo Flamboyant depusesse à CEI, mas não convenceram os vereadores.