quarta-feira , 17 julho 2024
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Contradições marcam depoimento de proprietário do residencial Europark à CEI que investiga corrupção na gestão do ex-prefeito Iris Rezende

Aconteceu nesta segunda-feira o depoimento do empresário espanhol Juan Angel Zamora, proprietário da construtora EuroAmérica, à Comissão de Inquérito da Câmara de Vereadores que investiga fraudes na liberação de alvarás para grandes empreendimentos imobiliários por parte da prefeitura de Goiânia, batizada como CEI das Pastinhas.

Foi um depoimento marcado por contradições e pela tentativa insistente de culpar a administração da cidade por lacunas no projeto, que ele reputa por “erros” decorrentes da desorganização dos servidores públicos lotados na extinta Secretaria Municipal de Planejamento (Seplam), hoje Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Semdus).

PASTA VAZIA
Uma das explicações que pesam contra a EuroAmérica é o fato de ter protocolado uma pasta vazia na prefeitura, de modo a conseguir um alvará para uma obra que nem tinha projeto. O objetivo era se beneficiar do Plano Diretor de 2004 (anterior ao atual), que permitia prédios de mil apartamentos (como o EuroPark) na região do Park Lozandes.

Zamora não soube explicar porque o projeto do Europark estava anexado com apenas seis páginas, porque segundo ele foi apensado com muito mais. Ele sugeriu à prefeitura que modernize o seu arquivo e que adote medidas simples, como exigir das construtoras que os projetos tenham folha de rosto com um sumário de todo o projeto protocolado.

O advogado dele, Walmir Cunha, afirmou que a desorganização da prefeitura faz com que documentos sumam com frequência. “A documentação, quando é encaminhada, não é totalmente encartada no projeto. As pranchas ficam apensas por elástica e fica difícil para arquivamento da prefeitura. As pranchas são apensadas e presas por barbante, de forma precária, e desse jeito elas circulam entre os gabinetes. Acaba que a dificuldade de localização dos documentos é muito grande”.

ARQUITETO
Juan Angel, com seu portunhol arrastado, disse também que não sabia que o seu arquiteto predileto, Adriano Theodoro Dias Vreeswijk, é sócio de Jonas Henrique Lobo Guimarães, fiscal de edificações da prefeitura, e garantiu que não contratou Adriano apenas para agilizar a tramitação do seu projeto na Seplam. “Eu tenho 40 anos de vida profissional, jamais iria aceitar esse tipo de negociação com ninguém”.

“A aprovação dos projetos para gente tem sido muito lentas”, reclamou Juan Angel. “Infelizmente sou estrangeiro e não tenho contatos aqui”.

 

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