sábado , 18 maio 2024
Goiânia

Sete raciocínios rasos que fazem do artigo publicado pelo presidente da CMTC, Murilo Ulhôa, um notável monumento ao senso comum

O ex-carregador de pastas de Maguito Vilela (PMDB) e hoje presidente da Companhia Metropolitana do Transporte Coletivo (CMTC), Murilo Ulhôa, não levou a sério a proposta de aproveitar a virada de ano para renovar hábitos e se tornar uma pessoa melhor.

Já no segundo dia do ano, ele publicou um artigo horroroso no jornal O Popular sobre mobilidade urbana – um assunto que ele desconhece por completo, apesar de presidir o órgão que deveria fiscalizar o serviço de ônibus na Grande Goiânia. A exemplo do que aconteceu nas outras vezes em que se arriscou a pontificar sobre mobilidade na imprensa, em 2015, Murilo passou vergonha.

O blog selecionou sete raciocínios rasos que fizeram, deste artigo, um fantástico monumento ao senso comum. Selecionamos também dois trechos que merecem menção honrosa – ora porque se trata de uma mentira deslavada e ora porque trata como “avanço” uma parceria entre CMTC e Secretaria Municipal de Trânsito que já deveria existir há pelo menos 50 anos.

Vamos às melhores – ou piores – partes do artigo:

1) Aprofundar as discussões sobre as políticas habitacionais, transporte coletivo e trânsito é uma tarefa urgente.

Nosso comentário: aprofundar as discussões não basta, Murilo. Convença o seu chefe, o prefeito Paulo Garcia (PT), a investir em transporte coletivo e exigir das empresas que cumpram o contrato, em vez de se agachar para eles.

2) Na última década, as cidades têm experimentado um crescimento vertiginoso, com a criação constante de novos bairros residenciais, o que impacta diretamente na mobilidade urbana.

Nosso comentário: Uau!

3) O tema [crescimento urbano] é complexo e precisa entrar na pauta de estudos.

Nosso comentário: não, não merece comentário.

4) O planejamento e investimentos por parte das gestões públicas, no Brasil, ainda são insuficientes

Nosso comentário: são mesmo. Inclusive na prefeitura de Goiânia.

5) Estudo do BNDES aponta déficit de malhas de transporte coletivo

Nosso comentário: precisava de estudo do BNDES pra isso?

6) Em 2007, o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do governo federal, tentou retomar os investimentos em mobilidade urbana no Brasil.

Nosso comentário: durou quanto tempo esse esforço? Trouxe resultados?

7) Equacionar essa questão exige envolvimento das três esferas de governo – federal, estadual e municipal.

Nosso comentário: Óbvio. E o que a prefeitura tem feito? Nada?

Menção honrosa

1) Em Goiânia, o prefeito Paulo Garcia tem ampliando as discussões sobre mobilidade e está implantando corredores preferenciais de ônibus e o corredor exclusivo BRT Goiás Norte-Sul.

Nosso comentário: Sério mesmo, Murilo? Sério?

2) Numa iniciativa inédita, a CMTC, Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) e Consórcio RMTC estabeleceram um convênio de cooperação para monitoramento integrado do trânsito e transporte público coletivo, em tempo real, com objetivo de garantir mais fluidez e segurança nas vias urbanas. Esse trabalho se inicia em 2016 e a previsão é expandir-lo para outras cidades.

Nosso comentário: Como assim, essa parceria não existia até HOJE? Atraso de pelo menos 50 anos.

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