Nem o hiper-ultra-radical pastor evangélico Silas Malafaia seria capaz de assumir o que o prefeito Maguito Vilela, de Aparecida, diz em artigo publicado nesta segunda-feira pelo Diário da Manhã, no qual condena o carnaval como uma”orgia” que “exala odor fétido”.
O texto assinado por Maguito é um primor de radicalismo moral, que ainda seria admissível não fosse o baixo nível e o tom supostamente “espiritual” que está em frases inexplicáveis – como a que se refere ao “tom vibracional do inconsciente coletivo dos brasileiros”.
O que será que houve com Maguito? Foi tomado por um surto de maluquice? Sempre cultivou ocultamente esses pensamentos pseudorreligiosos, mas somente agora resolveu externá-los? Ou tudo não passa de um equívoco provocado por alguém que recebe para escrever artigos para ele, Maguito, e resolveu colocar suas convicções amalucadas na boca do prefeito de Aparecida?
Para Maguito, segundo o seu artigo, é possível notar o “baixo teor mental de vibrações menos edificantes, dominando os sentimentos daqueles que frenética e audaciosamente se envolvem nestas festividades comemorativas”, ou seja, quem gosta de carnaval, além de ser burro, é também pervertido.
