quinta-feira , 2 maio 2024
Goiás

Fechamento da CECRISA, símbolo da industrialização de Goiás, é alerta para a gravidade da crise e aviso aos que estão brincando de questionar os incentivos fiscais

O jornal O Popular dá grande destaque, na edição desse sábado, ao encerramento das atividades da CECRISA – uma das primeiras empresas a se instalar no Distrito Agroindustrial de Anápolis e, sem dúvida nenhuma, símbolo do processo de industrialização de Goiás.

A CECRISA, empresa de porte nacional, veio para Goiás há mais ou menos 40 anos, aproveitando os incentivos fiscais da Lei 7.700, baixada pelo então governador Leonino Caiado, o primeiro a oferecer benefícios tributários para atrair grandes empresas para Goiás.

Na época, a chegada da empresa foi comemorada como um dos marcos do processo de industrialização de um Estado que, até então, fundamentava a sua economia exclusivamente na agricultura e na pecuária. E, de fato, na esteira do aprofundamento da política de incentivos fiscais, que chegou ao auge com o governador Marconi Perillo, centenas de indústrias buscaram o Estado para a sua ampliação.

Oficialmente, a CECRISA encerrou suas atividades depois de enfrentar uma série de dificuldades financeiras e até passar por um processo de recuperação judicial. Coincidência ou não, a empresa desistiu de Goiás depois que, a partir da posse da economista Ana Carla Abrão Costa na Secretaria da Fazenda, os incentivos fiscais passaram a ser questionados estadualmente e até, em certo momento, inquinados de serem os responsáveis pela baixa arrecadação e dificuldades financeiras enfrentadas pelo governo do Estado. Parte deles foram cortados, de duas maneiras: uma, na base de 10%, gerando recursos para um fundo de investimentos sociais do Estado; outra, através da suspensão direta dos benefícios, no caso das mais de 100 empresas que tinham pendências com o Fisco Estadual.

O fechamento da CECRISA é um alerta que não pode ser desconsiderado.

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