Parecia mágica. Em questão de minutos, enquanto o estudante de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Lucas Praxedes protestava na tribuna contra a suspensão do vestibular para o seu curso na PUC em função de fraudes no último certame, praticamente todos os vereadores que estavam no plenário da Câmara Municipal de Goiânia nesta terça-feira escafederam-se.
Havia pauta para cumprir, mas como não havia mais quórum a votação foi adiada. Faltava pouco para as 11h30.
Antônio Uchôa (sem partido) tentou justificar o comportamento dos colegas. “Estas intervenções atrapalham muito nosso trabalho. Os vereadores não ficam em plenário porque ninguém é obrigado a ficar para escutar assunto que não interessa. Todo mundo aqui tem mais o que fazer”.
O presidente da Casa, Anselmo Pereira (PSDB), disse que a partir daquele momento estava proibido o uso da Tribuna Livre (nome que é dado à cessão da tribuna para não-vereadores debaterem problemas da sociedade). “Quem estiver incomodado, que entre com representação contra mim”.