Uma consulta ao site da Assembleia Legislativa mostra que, nos últimos 30 dias, a atividade parlamentar e política dos deputados do PMDB e do PT é praticamente igual a zero.
Antes, uma constatação: reformulado há pouco tempo, depois de ficar 30 dias fora do ar, o site da Assembleia é péssimo, sua interface não é amigável, dificulta ao máximo a navegação e, pior de tudo, é de uma lentidão irritante.
Mas, de 30 dias para cá, o que fizeram os oposicionistas?
O líder da oposição, José Nelto, do PMDB, é um exemplo: ele gastou um bom tempo, em plenário, criticando “a centralização financeira do país nas mãos do presidente da República”. O valente peemedebista acha que é hora de promover uma descentralização, fortalecendo principalmente os prefeitos na distribuição dos recursos arrecadados.
Bem… e daí? Será que o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tomaram conhecimento do discurso de José Nelto e vão tomar providências imediatamente?
Adriana Accorsi, do PT, se manifestou sobre o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado. Ele formulou votos para que o vice, Jorge Vianna, do PT, tivesse uma profícua, apesar de curta gestão. Infelizmente, não deu. O STF reconduziu Renan e, de resto, Jorge Vianna, assustado, nem queria saber de assumir o posto. Os votos de Adriana Accorsi perderam-se.
Outros deputados da oposição, como Adib Elias e Ernesto Roller, do PMDB, praticamente não deram um pio nos últimos 30 dias, eleitos que foram para comandar os seus municípios (Catalão e Formosa, respectivamente) e, portanto, com problemas de sobra com que se preocupar do que fazer oposição no plenário da Assembleia.
Luís César Bueno, do PT, é outro que quedou-se em silêncio e não se manifestou em plenário nem para se defender da acusação (publicada em O Popular) de ter um filho nomeado como assessor do prefeito Paulo Garcia, em um claro caso de nepotismo, já que a mulher também é da equipe do Paço Municipal.
Oposição assim é do jeito que qualquer governo gostaria de ter.