A “Operação Resgate”, lançada pelo novo prefeito de Anápolis, Roberto Naves, logo ao tomar posse, com o objetivo, segundo ele mesmo, de conter o esvaziamento político e econômico da cidade diante do crescimento industrial de Aparecida, já caiu no vazio.
A ação nunca passou de um amontoado de metas confusas, que incluía até tapar os buracos que se multiplicam nas ruas e avenidas anapolinas, e foi definida pelo prefeito como uma reação à suposta perda de prestígio da cidade – principalmente em função do espetacular desenvolvimento de Aparecida, que hoje conta com 9 polos industriais e está economicamente empatada com Anápolis, com tendência a passar à frente. Não à toa, o PT ocupou durante 8 anos a Prefeitura anapolina, período que corresponde à decadência da cidade.
Mais de 30 dias depois de assumir a Prefeitura, Roberto Naves é o primeiro a não falar mais na tal “Operação Resgate”. E nunca conseguiu explicar, por exemplo, o que tapar os buracos das vias públicas de Anápolis teria a ver com a recuperação econômica e política do município.
Analistas independentes da economia goiana enxergam a trajetória de Aparecida como irreversível, no sentido de ultrapassar a importância de Anápolis, em todos os campos. Aparecida, na verdade, seria geográfica e estrategicamente o verdadeiro centro de distribuição logística de Goiás e não Anápolis, cidade hoje esvaziada pela preferência das empresas por investimentos em Aparecida, muito mais bem localizada e mais próxima de São Paulo – maior centro econômico do país – do que a antiga “Manchester” goiana.
Com marketing e falatório vazio, o prefeito Roberto Naves não vai conseguir sair do atoleiro em que o seu município se meteu depois de 8 anos de administração do PT.