sexta-feira , 26 abril 2024
Goiânia

Um idoso morre por dia em Aparecida por falta de UTI, segundo Ministério Público

Desorganização, suspeita de esquema sendo feito por debaixo dos panos e má qualidade dos serviços públicos. É esta a triste realidade que envolve um hospital da rede estadual (HGG), a regulação subordinada à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia. Muitos entes envolvidos em um labirinto de processos e encaminhamentos que têm, em boa parte dos casos, custado a vida de pacientes pobres.

No começo desta matéria, veiculada no dia 4 de agosto na TV Anhanguera, o Ministério Público apresenta um dado preocupante: um idoso morre por dia em Aparecida de Goiânia por falta de UTIs. A reportagem cita um caso de um idoso que morreu porque não conheceu um leito apto a fazer hemodiálise, mas o problema vai além. São dezenas por mês que à espera de um leito que nunca vem, e com os mais variados problemas.

A reportagem preocupou-se demais em mostrar casos de pacientes que perdem a vida na espera por UTI, sem no entanto explicar como processo funciona. Quando uma unidade da rede básica de Goiânia ou Aparecida está com uma pessoa que precisa de um tratamento especializado, pede ao setor de regulação de Goiânia e Aparecida que encaixe o nome da fila. É esta regulação, subordinada à prefeitura, que distribui os pacientes. É onde está a “desorganização”, de acordo com o promotor Érico de Pina.

Cabe à regulação auditar periodicamente os leitos de UTI que estão cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS), mas também de acordo com o MP esta auditoria não está sendo feita. Prova disso é que, dos 450 leitos cadastrados, apenas 300 estão sendo disponibilizados. O promotor cita nominalmente o HGG, que deveria estar recebendo pacientes e não está. Muitos hospitais fazem isso (por debaixo dos panos), na intenção de escolher pacientes mais graves, que custarão mais caro e que renderão mais dinheiro vindo do SUS.

Por fim, nesta história toda há também a responsabilidade da secretaria municipal de Saúde de Aparecida, que a esta altura do campeonato ainda não consegue disponibilizar aparelhos de hemodiálise na rede básica de atendimento. Tá tudo errado, minha gente. Confira, abaixo, a reportagem da TV Anhanguera sobre o assunto.

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