segunda-feira , 18 novembro 2024
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Retrospectiva 2017: os 5 vereadores que orgulham Goiânia

Não dá para dizer que a Câmara de Goiânia vive dias dourados. A maioria dos vereadores são nulidades que, se desaparecessem na virada do ano, não fariam falta à população. Mas, apesar da média ser medíocre, há de se fazer justiça a pelo menos sete que estão fazendo um excelente trabalho na Casa.

Depois de apontar os cinco piores, o Goiás 24 Horas elegeu os cinco melhores – dos quais três são mulheres – e fez menção honrosa a dois (Lucas Kitão e Eduardo Cruvinel).

CONFIRA LISTA:

1. Dra. Cristina (PSDB)

A segunda vereadora mais bem votada de Goiânia em 2016 fez jus aos seus 9.114 votos. Ela não grita, não esgoela e raramente ergue o tom da voz. Mesmo assim, é firme como poucos na defesa dos interesses da população e não faz vistas grossas ao que acontece de errado na prefeitura em troca de mãos de cal da Comurg nas praças de bairros que ela representa, ao contrário da maioria. Destaca-se em debates relacionados à Saúde.

2. Jorge Kajuru (PRP)

O campeão de votos da última eleição desperta todo tipo de sentimento, mas fato é que ele revolucionou a Câmara Municipal com seu jeito direto de se comunicar com a população pelas redes sociais. É sempre o primeiro a chegar ao gabinete e dá expediente nas férias. É duro nas cobranças ao prefeito Iris Rezende (PMDB), mas nunca injusto.

3. Priscilla Tejota (PSD)

Mostrou em pouco tempo que é muito mais do que a esposa do deputado estadual Lincoln Tejota (PSD). Fez um trabalho impecável como presidente da CEI das Contas Públicas e enfrenta, com a firmeza que se espera das mulheres, os surtos de machismo que vez ou outra contaminam os debates na Câmara Municipal. A moça vai longe.

4. Elias Vaz (PSB)

Elias é como um bom vinho: fica melhor à medida que os anos passam. Está na Câmara desde a época de Pedro Wilson (PT). Não é mais o vereador que grita em plenário, mas sim o ponto de referência e de equilíbrio na oposição. Um craque em regimento interno e em legislação municipal. Tomara que fique por muito tempo ainda no Legislativo da Capital.

5. Sabrina Garcêz (PMB)

Talvez a mais grata e inesperada surpresa da atual legislatura. Sejamos francos: muito preconceito cercava a figura da vereadora. Mas demonstrou conteúdo e conhecimento aprofundado em Direito – não só em plenário, mas principalmente na presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como os outros integrantes dessa lista, não faz oposição por fazer. Ela sabe colocar o dedo nas feridas e suas intervenções são, na maioria das vezes, cirúrgicas.

Menção honrosa:

1) Lucas Kitão (PSL)

Está no primeiro mandato, é inteligente e tem compromisso com agendas modernas, mas ainda está preso a trejeitos e traquejos do velho jeito de fazer política (talvez inconscientemente). Kitão peca também por não criticar o presidente da Câmara Municipal, Andrey Azeredo (PMDB), nos momentos em que o peemedebista merece um puxão de orelha.

2) Gustavo Cruvinel (PV)

Nenhum outro vereador se identifica mais com a luta em favor do meio ambiente do que ele, mas falta-lhe ainda firmeza na hora de cobrar a prefeitura. Citemos, como exemplo, a destruição do Parque Cascavel. Gustavo até tocou no assunto, mas em uma ou no máximo duas sessões. Assim não se consegue nada de um prefeito teimoso como Iris Rezende.

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