Na foto, deputados estaduais Simeyzon Silveira (PSC) e Ney Nogueira (PP): alvos da desconfiança da oposição
O clima é tenso na Assembleia Legislativa. Os deputados da oposição, que comemoravam o aumento da bancada este ano, agora tentam descobrir quem são os colegas que atenderam o pedido do governo e retiraram as assinaturas para criação de três CPIs: a CPI do Rodovida, da Saúde e da Segurança. Sem as assinaturas, o presidente da Casa, Helder Valin (PSDB), arquivou todos os requerimentos.
A desconfiança de alguns deputados da oposição tem recaído sobre dois colegas: Simeyzon Silveira (PSC) e Ney Nogueira (PP), que foram chamados nesta semana para conversas no gabinete da presidência da Assembleia. Mas ambos garantiram ontem aos deputados do PMDB que não iriam recuar das assinaturas para as CPIs. O deputado Ney Nogueira (PP) garante que não recuou do acordo com a bancada da oposição.
Acontece que também não há muita confiança acerca da fidelidade de dois peemedebistas, Luiz Carlos do Carmo e Paulo Cezar Martins. Nesta semana, o deputado Major Araújo (PRB) afirmou nas redes sociais que o governo tentava cooptar deputados da oposição oferecendo R$ 3 milhões em emendas ao Orçamento do Estado deste ano.
Líder do PT na Assembleia, Karlos Cabral cobra de Valin a apresentação dos requerimentos que pediram a criação das CPIs, com as assinaturas que foram “supostamente” retiradas. “Não há certeza, de fato, que deputados reitraram suas assinaturas. Para isto, somente se a Casa mostrar cabalmente. Mas não quero acreditar que a presidência fez um ato ilegal e autoritário”, diz o petista.