quinta-feira , 28 março 2024
Goiás

Plano de governo de Caiado vai propor ações que já existem

Além de defender o municipalismo – que hoje já é amplamente praticado pelo governo com o programa Goiás na Frente, a plataforma eleitoral do senador Ronaldo Caiado (DEM) vai defender o “fortalecimento  e a diversificação” da agricultura, ações que também já são realizadas na gestão do governador Marconi Perillo (PSDB). A informação é de Hermes Traldi, responsável por formatar o escopo de propostas que será apresentado aos eleitores.

Vale a pena reproduzir um trecho da entrevista de Traldi ao jornal Diário da Manhã: “Traldi acha importante investir na diversificação da agricultura goiana. Ele chega ao ponto de propor, por exemplo, a reativação de projetos de excelência, como o de Flores de Goiás, “que foi criado pelo Mauro Borges.” Preconiza o estabelecimento, no nordeste goiano, da triticultura — plantio de trigo — e de outros grãos nobres. Para tanto, afirma, “nosso governo poderá desenvolver um programa de fomento e de desenvolvimento da cultura de trigo em Goiás.”

O que Traldi, ex-prefeito de Goiatuba, parece não saber é que o projeto de irrigação de Flores de Goiás não está desativado. Ele funciona desde 1997 – portanto, não foi criado por Mauro Borges – e compreende a implantação de infraestrutura para irrigação de uma área de 26,5 mil hectares para cultivo de arroz, milho, soja e girassol, entre outras culturas. E o projeto tem sido tocado ao longo dos últimos 20 anos pelos governos goianos em parceria com a União.

Mauro Borges, que assumiu em 31 de janeiro de 1961, saiu do governo em 26 de novembro de 1964, afastado por força de uma intervenção federal (o mandato terminaria em 31 de janeiro de 1966). Em seu governo planejado, na área de agricultura, Mauro estruturou o sistema de armazenagem, com a criação da Companhia de Silos e Armazéns (Casego) e do Instituto de Desenvolvimento Agrário (Idago), responsável pela experiência com os aglomerados agrourbanos, inspirado no modelo de colonização agrícola (kibutz) de Israel, além de certo estímulo à exploração do babaçu, no então norte goiano (hoje Tocantins).