sábado , 20 abril 2024
Goiás

GBrasil: em 7 tópicos, o que dizem as pesquisas até agora

Texto publicado no site GBrasil (clique aqui para acessar)

Candidatos e assessores recebem pesquisas eleitorais feitas a 6 meses da eleição com cautela – e com razão. Quem lidera afasta a euforia e quem patina, evita o desespero. Mas apesar das ressalvas, estes levantamentos transmitem mensagens que têm de ser analisadas com calma.

O GBrasil separou 7 tópicos com as principais conclusões que se tira dos números divulgados até aqui – em especial da pesquisa Serpes, de 2 semanas atrás. Confira:

1. Cidadão ainda não começou a pensar na eleição
Com base no elevadíssimo percentual de eleitores indecisos, que está na casa dos 70% ou 80%, é correto dizer que o debate eleitoral ainda não contaminou a população. E assim deve ficar até que as convenções definam quais nomes participarão da disputa. O senador Ronaldo Caiado (DEM), por ser o mais conhecido, é também o que lidera. E José Eliton (PSDB), apesar de ser o governador, é desconhecido por mais da metade dos goianos. Isto explica ele ter menos de 10%.

2. O eleitor ainda não conhece José Eliton
A avaliação do diretor do instituto Serpes, Antônio Lorenzo Martinez, é a de que o baixo percentual de José Eliton (algo em torno de 7%) na pesquisa é reflexo do elevado número de pessoas que nunca ouviram falar do governador (mais da metade dos goianos). Como tem uma forte estrutura e bom tempo de TV, a tendência é que ele cresça à medida que o tempo passar.

3. Caiado bateu no teto
Nos últimos 10 meses, algumas pesquisas para governador foram feitas por variados institutos. Em nenhuma delas, Ronaldo Caiado (DEM) alcançou mais do que 44% nas pesquisas. Na última, havia caído para 39%. Somado à informação de que sua rejeição é alta, a conclusão lógica é a de que Caiado bateu no teto e que se ele oscilar nos gráficos, a tendência é que seja para baixo, porque suas falhas e incoerências serão cada mais mais exploradas pelos adversários.

4. Daniel tem potencial, mas tem de unir o MDB
Diferente do que acontece com José Eliton (PSDB), a explicação para o desempenho de Daniel Vilela (MDB) nas pesquisas (6%) não está no desconhecimento, já que segundo Antônio Lorenzo, do Serpes, mais de 70% dizem conhecê-lo. O obstáculo que ele tem de superar é interno: unir o MDB, hoje dividido entre a sua candidatura e a de Caiado.

5. Kajuru não tem a força que pensava ter
A última pesquisa Serpes decepcionou o vereador Jorge Kajuru (PRP), que pelo menos em público dizia a plenos pulmões que estava à frente de Marconi Perillo (PSDB) e Lúcia Vânia (PSB) na corrida pelo Senado. Não está. Ele apostava na dianteira para conseguir uma vaga na chapa do MDB ou do DEM, apesar da resistência que ambos partidos têm para abraçá-lo. O vereador apareceu com 9%. O líder do levantamento, Marconi, tem 16%.

6. Demóstenes está no jogo
Recém-liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para disputar eleição depois de frequentar o limbo dos políticos alvejados por denúncias, o ex-senador Demóstenes Torres (PTB) reestreou nas pesquisas com 6% das intenções de voto, na quarta colocação. Isto o coloca no jogo e em condições de brigar com Lúcia Vânia (PSB) por uma das vagas na chapa da base aliada.

7. Wilder será um fardo para Caiado
Com 1,4% na última pesquisa, o senador e candidato à reeleição Wilder Morais (DEM) será um peso morto para Ronaldo Caiado (DEM) nesta eleição. Wilder tenta colar no discurso da moralidade, mas com ele este papo não combina. É um político pouco expressivo e que pouco deve conquistar nesta disputa.