A semana foi marcada pela falta de quórum para votações na Assembleia Legislativa. Nesta quinta-feira, apenas 13 deputados estaduais estavam em plenário no momento do pequeno expediente, dos quais sete eram governistas e seis da oposição. Para que haja votação de projetos, o regimento exige a presença de 21 parlamentares.
A ausência dos colegas foi assunto das poucas intervenções dos parlamentares que pediram a palavra. Waguinho Siqueira (MDB) pediu ao presidente em exercício, Bruno Peixoto (MDB) que encerrasse a sessão plenária o quanto antes para que os presentes fossem liberados para trabalhar no gabinete. “Isso aqui não é sessão plenária, é sessão espírita”, reclamou Waguinho.
Charles Bento (PRTB) não gostou da brincadeira. “Do jeito que fala, está chamando atenção de nós que estamos presentes. Tem que chamar atenção é de quem não veio”.
Único orador inscrito para usar a tribuna, Cláudio Meirelles (PTC) fez troça com cada um dos ausentes. Disse, por exemplo, que o evangélico Daniel Messac (PTB) “não pôde comparecer porque estava orando” e que Júlio da Retífica (PTB) “pegou o carro mais cedo porque mora longe, em Porangatu”.
A crônica falta de quórum enseja debates há meses na Assembleia. Para resolver o problema, o deputado José Vitti (PSDB) aprovou regra que institui corte de ponto de parlamentares que não aparecem para votação de matérias.