O jornalista e analista político Afonso Lopes afirma que a eleição estadual deste ano, que vai escolher o governador, terá influência decisiva na configuração do pleito municipal de 2020. “Em tese, isso mudaria o nome e o sobrenome do grupamento que passará a comandar a política de Goiás a partir do Palácio das Esmeraldas. Ponto final? Não, ponto de partida. Eleições estaduais, e eventuais mudanças no comando, exercem peso e influência muito grande, algumas vezes imensuráveis, nas eleições subsequentes, nas cidades, que ocorrem apenas dois anos depois”, diz.
Afonso cita o exemplo de 1982, quando Iris Rezende venceu a disputa pelo Palácio das Esmeraldas. “A vitória do PMDB significou a queda imediata do comando do PDS e do grupo dissidente interno num primeiro momento. Na sequência, os prefeitos e vereadores do partido foram praticamente varridos do mapa político municipal do Estado com a máquina peemedebista revigorada pelo poder palaciano. A base do PDS, governista e dissidente, foi completamente estraçalhada”
Uma vitória de Ronaldo Caiado (DEM) deverá mudar total o quadro dos prefeitos. Segundo os prefeitos ligados a Caiado, que lidera as pesquisas de intenções de votos, a primeira medida do senador para inviabilizar a reeleição dos prefeitos aliados é cortar os recursos do Goiás na Frente. O senador vem combatendo sistematicamente o programa, afirmando que os prefeitos foram “comprados” com os recursos.