sexta-feira , 26 abril 2024
Goiás

Caiado estuda suspender incentivos fiscais. Setor produtivo entra em pânico

O jornal O Popular deste domingo informa que o governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) estuda a possibilidade de suspender os incentivos fiscais concedidos pelo Estado para empresas interessadas em se instalar em Goiás. 

Caiado usa o argumento de que Goiás enfrenta uma crise fiscal e que é inviável abrir mão de receita neste momento. Na campanha eleitoral para governador, o demista disse a empresários que não só manteria como ampliaria a política de incentivos para atrair grandes indústrias. 

Diz o texto: “Benefícios fiscais relativos ao ICMS, por conta da lei federal que visou dar fim à guerra fiscal, têm de passar por reinstituição. Para isso, Goiás, assim como os outros Estados , tem até 28 de dezembro para publicar legislação com todos os atos. Porém, pelo impacto orçamentário e financeiro, nos bastidores a informação é de que haveria articulação por parte do governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) para já tentar diluir as vantagens dadas às empresas, por os efeitos serão para seu governo”. 

O setor produtivo, que há poucos dias já estava ciente dos planos do governador eleito, entrou em pânico. O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Pedro Alves, diz que pedirá audiência com o governador para tratar do assunto “de forma objetiva e sem confronto”. 

O futuro presidente da Fieg, Sandro Mabel, sugere que o setor vai se articular na Assembleia para barrar os planos de Caiado. “Não acredito que os deputados aprovem uma redução porque sempre foi parceira das indústrias”. 

O presidente da Associação de Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial), Otávio Lage de Siqueira Filho, se diz decepcionado com o governador porque, na campanha, ele firmou o compromisso de não mexer nos incentivos. 

 “Muitas indústrias podem deixar também de vir para cá. Da nossa parte, os investimentos foram feitos, houve geração de emprego, aumentou a arrecadação e Goiás se desenvolveu. Nenhum empresário iria investir sem aparo jurídico”, diz Otávio.