Em análise detalhada da disputa pela presidência da Câmara de Goiânia, o jornalista Afonso Lopes relata bastidores inéditos das razões da vitória do Grupo dos 24, que elegeu nesta semana Romário Policarpo para o comando da Casa. Entre eles, a estratégia do bloco de se isolar na noite que antecedeu o confronto de chapas para se blindar do forte assédio do Paço Municipal.
Publicamente, a Prefeitura repetiu o tempo inteiro o mantra da não interferência, para evitar um desgaste ainda maior do já combalido presidente Andrey Azeredo (MDB), mas auxiliares e interlocutores de Iris atuaram como puderam para mudar o curso da eleição, revela Afonso. “Ele próprio (Iris) talvez realmente não tenha atuado abertamente, mas a mais alta cúpula de seu governo, sim, fez tudo o que poderia fazer para e pela reeleição do presidente Andrey Azeredo”, diz Afonso.
O jornalista descreve as razões que levaram Policarpo a se viabilizar candidato e a vencer Andrey. “Seu estilo político é refinado, sutil e que procura agregar. Não é governista empedernido e nem oposicionista. Anda bem nas duas correntes e geralmente se posiciona na defesa do funcionalismo público”, relata.
Afonso conclui a análise com a frase: “Iris perdeu, mas a cidade e seus cidadãos e cidadãos só tem a ganhar (com eleição de Policarpo)”. O que o jornalista afirma, conforme aponta o título de seu artigo é: “Iris perdeu, mas Goiânia ganhou o comando da Câmara”, em alusão à proposta do presidente eleito de devolver o Legislativo para Goiânia”.