Em clima de visível velório, a direção da Adial participa agora, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, da solenidade de sanção do projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa que altera a legislação dos incentivos fiscais do Produzir. Por pouco, a entidade não boicotou o evento, já que, segundo o setor produtivo, o projeto aprovado é diferente do acordado entre o governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) e os empresários dos diferentes segmentos envolvidos.
Duas reuniões tensas antecederam a solenidade. A primeira, na casa de Caiado, entre os empresários e o governador eleito. A segunda, no Palácio das Esmeraldas, com o governador José Eliton (PSDB), que reuniu o grupo. Na assinatura da lei, um evento esvaziado em função do atraso de mais de duas horas e da insatisfação dos empresários, os membros da Adial não conseguiram disfarçar o semblante de desaprovação e decepção com o projeto em sanção.
Até agora, a informação é que houve acordo, mas o presidente da Adial deixou a crise futura no ar em seu pronunciamento: Otávio Lage disse esperar que Caiado, após assumir o governo e colocar a lei em prática, “tenha a sensibilidade para garantir que as imperfeições sejam corrigidas no decorrer de 2019”. A lambança é resultado da tibieza da Adial na defesa dos incentivos.