O corte de despesas com operação e pessoal projetado pelo Grupo Jaime Câmara (GJC) leva em conta a possibilidade de fim da circulação da edição impressa do jornal O Popular, o que já ocorreu com o Jornal do Tocantins no final do ano passado.
Na última semana de 2018, a direção do GJC determinou aos chefes de departamentos e das redações dos veículos de comunicação que apresentem até o final de janeiro propostas de redução de seus quadros de funcionários. Os gastos com aquisição de papel, manutenção da gráfica e distribuição estão entre os mais elevados do jornal e são responsáveis pelo balanço deficitário do Popular há anos.
O impacto do fim da circulação do Popular impresso na estruturação editorial e no quadro de pessoal é imprevisível. O jornal tem colunas e seções que simplesmente não se encaixam na modelagem de veículo online, avaliam os editores. O fato é que a edição impressa e a edição web há anos se canibalizam: na internet, o conteúdo é pobre e superficial para que o jornal circule com o melhor do que é apurado na redação.