A saída contábil é gravíssima, sobretudo porque pressionou o caixa nos dois anos seguintes. Ela se somou a outra maneira encontrada por Ana Carla para alivar o impacto da despesas sobre a arrecadação – a suspensão do pagamento da data-base dos servidores. A conta, salgada, ficou para os secretários da Fazenda que a sucederam. Segundo esses técnicos da pasta, o efeito retardado das loucuras fiscais da ex-secretária ainda é sentido no Tesouro.
Curiosamente, Ana Carla vem surfando na onda da crise do governo Caiado para descolar entrevistas e produzir artigos nos quais se apresenta como a grande expert em contas públicas do Brasil. Virou queridinha do tema no Estadão, por exemplo. Mas os técnicos de hoje e de então estão dispostos a acabar com a festinha, abrindo as contas de então para mostrar que Ana Carla deixou a casa bem bagunçada antes de cair fora para São Paulo.