quarta-feira , 27 novembro 2024
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Cileide Alves, sobre gestão Caiado (1): “Não há mais desculpa para que Caiado não pague dezembro”

Ao analisar a crise provocada pelo calote de Ronaldo Caiado (DEM) nos salários de dezembro, a jornalista Cileide Alves, da rádio Sagres 730 afirma que, com a aprovação, nesta segunda-feira (28) do Orçamento Geral do Estado para 2019, “não há mais desculpa para que o governador não pague” os vencimentos atrasados.

“Com a aprovação do Orçamento pela Assembleia Legislativa, não há mais desculpa para o governo não pagar dezembro”, afirma Cileide em seu comentário diário na Sagres 730. “O governo está resistindo em negociar com os servidores e a pior coisa que tem é um governo começar perdendo energia para brigar com servidor público”, afirma ela.

Segundo Cileide, a resistência em manter o calote é “uma briga que não faz muito sentido, porque não é uma briga por concessão de benefício, ou por um direito (a mais que) que eles queiram, é por pagamento de salário, um salário de um mês passado, já trabalhado”.

A jornalista avalia que os servidores estão abertos ao diálogo, dispostos a fazer concessões para chegar a um acordo com Caiado para a retomada do cronograma de pagamentos. “Os servidores estão abertos ao diálogo. Eles propuseram deixar fevereiro entrar no fluxo do caixa, então não há motivo para que o governo não pague dezembro. Está muito claro que se o governo continuar insistindo nessa tese de parcelar dezembro semestre afora é para comprar uma briga política inútil nesse momento”.

Cileide afirma que o embate desgasta o capital político conquistado por Caiado com a vitória no primeiro turno. “O governador Ronaldo Caiado entrou no governo com um capital político muito grande, mas esse capital político vai se desgastando à medida em que o governo vai caminhando. Então é absolutamente desnecessário começar com esse desgaste com o servidor público”.

Ao final de sua análise, a jornalista faz um alerta importante: “O governador não pode desperdiçar energia com coisas menores. Ele vai ter que definir prioridades e ele vai precisar ter energia para isso. Ele não pode ficar se dispersando em um monte de frentes e correr o risco de não vencer em nenhuma delas”.