Após a revelação de que a supersecretária e primeira-ministra forasteira da Economia, Cristiane Schmidt, recebeu um supersalário bruto de R$ 42 mil em janeiro, o governo Ronaldo Caiado (DEM) tirou o contracheque da auxiliar do ar do Portal da Transparência. O G24Horas foi o primeiro veículo de comunicação a publicar a informação.
O pagamento do salário, do 13.º (R$ 20 mil cada) e do auxílio-hospedagem (R$ 2,16 mil) é absolutamente legal — janeiro é o mês de aniversário de Schmidt —, mas pegou mal para a secretária diante do fato de que os servidores que fazem aniversário em dezembro tiveram também o benefício do 13.º incluído no calote dos salários do último mês de 2018.
Schmidt é uma defensora canina do calote, ainda que pudesse ter optado pelo pagamento do 13.º para os servidores que aniversariam em dezembro. Como já foi demonstrado diversas vezes pela imprensa e pelos sindicatos, recursos há para isso.
Além da baita falta de transparência da decisão de esconder o contracheque de janeiro de Schmidt, o gesto do governo Caiado atesta que a revelação incomodou, e muito, o governador e a alta cúpula da administração estadual. Uma feiura.