A principal matéria política do jornal O Popular, o maior de Goiás, neste domingo, usa 10 vezes o recurso de colocar afirmações, inclusive entre aspas, mas sem identificar o responsável pelas colocações.
Uma, duas, três vezes, vá lá. Mas 10 vezes? O exagero no uso desse recurso pode levar à descredibilidade da matéria (descredibilidade é uma palavra que não existe ainda, mas o blog 24 Horas sugere agora a sua incorporação à Língua Portuguesa).
Trata-se da reportagem de uma página assinada pela repórter Márcia Abreu, sobre a divisão de grupos no PMDB e o clima de guerra interna que se instalou no partido.
Em trechos extraídos da reportagem, confira os recursos que a repórter usou para sancionar afirmações publicadas sob anonimato (a repórter não explica porque as declarações não foram assumidas):
1 – “Fonte próxima a Iris…”
2 – “Outro peemedebisdta da cozinha de Iris…”
3 – “Segundo fontes…”
4 – “Teria dito…”
5 – “Confidenciou a um interlocutor…”
6 – “Um deputado…”
7 – “Outro parlamentar…”
8 – “Uma liderança da sigla…”
9 – “Um parlamentar…”
10 – “Avaliação entre líderes da sigla…”