Veja análise do Jornal Opção sobre a sucessão em Anápolis: “Antônio Gomide enfrenta vários problemas. Primeiro, tem problemas judiciais e, se condenado em segunda instância, não poderá ser candidato. Há ao menos um problema no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), pois o ex-prefeito se recusou a pagar uma multa que, de 12 mil reais, chega a quase 50 mil reais.
Segundo, Anápolis o elegeu para ser deputado estadual e pode não aprovar que saia daqui a dois anos para disputar a prefeitura. Terceiro, há quem, no PT, avalie que chegou a hora de bancar um nome novo para prefeito, como a vereadora Maria Geli Sanches, conhecida como Professora Geli. Nos últimos anos, quando não é o deputado federal Rubens Otoni, é Antônio Gomide que disputa, produzindo-se uma espécie de oligarquia — os dois são irmãos.
Quarto, há quem aposte que o empecilho mais forte é o fato de que, se for eleito prefeito, Antônio Gomide não terá o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que são antipetistas radicais. Anápolis, sem o apoio dos governos federal e estadual, poderia ficar à míngua, considerando que os recursos municipais não são suficientes.
Há quem aposte que Antônio Gomide não será candidato e sugira que o segundo turno se dará entre Roberto Naves — cuja administração deslanchou — e um postulante do PSL do deputado federal Delegado Waldir Soares ou de um nome bancado pelo governador Ronaldo Caiado.
Por ser um político profissional, que disputa eleição de quatro em quatro anos — e às vezes de dois em dois anos —, Antônio Gomide é considerado como integrante da velha política. Já Roberto Naves, que permanece como o novo, por não ser um político profissional, está montando uma grande frente política, que poderá ser decisiva na disputa de 2020”.