segunda-feira , 25 novembro 2024
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Claudio Meirelles: “Deputado Amauri quer ser o dono da razão e criticar todo mundo. Mas não sabe ouvir críticas, não aceita”

Experiente a calejado, o deputado Cláudio Meirelles deu uma lição bem dada no colega Amauri Ribeiro. Os dois debateram em plenário. Sem argumentos, Amauri quis ganhar no grito, mas não contava que Cláudio não foge da briga.
Meirelles diz que o “deputado Amauri quer ser o dono da razão e criticar todo mundo. Mas não sabe ouvir críticas, não aceita”

Ele é “destemperado”, acusa Meirelles. “Quis colocar o dedo na minha cara por causa de uma crítica ao palavreado dele.  Tem que aprender a ouvir”.

O deputado do PTC critica linguajar e falta de decoro do colega ao usar chapéu, o que chama de “ganhar no grito”.

Veja como o Jornal Opção relata o episódio: Cláudio ainda reforçou a questão do linguajar: “O que não pode é esse linguajar que nem todo mundo aceita, especialmente as deputadas que são mães e, por isso, (…) são o lado mais sensível, sim”. Ele complementou que aguentaria pancada em um debate com Amauri, mas que pela parlamentares Lêda Borges (PSDB) e Adriana Accorsi (PT), ele deveria ter mais “jeito”. O deputado chegou a colocar um áudio de uma fala do colega para todos escutarem:

“A senhora [Adriana] citou a questão de consignado. Eu fui prefeito e o prefeito que eu substituí, o safado, não repassava consignado não. Pagava não. (…) A notícia que eu tenho, deputada, é que não pagou consignado foi novembro e dezembro. Em dezembro, porque a folha não foi paga. Então, o Caiado também é culpado, porque o consignado de novembro e dezembro não foi pago? É um filho de uma égua, mesmo, né?”, dizia Amauri.

Confusão

“Esse tipo de linguajar me assusta”, disse Cláudio. Ele também citou o fato da Casa ter aberto uma exceção para o uso de chapéu para Amauri. Para Meirelles, isso é “ganhar no grito”.

O artigo 145, segundo Meirelles, é claro e diz que o uso de paletó e gravata é obrigatório a quem adentrar o recinto, sendo negado uso de gorros, bonés e chapéus, exceto por motivo de saúde e religião. “O que não é o caso de vossa excelência”, se dirigiu a Amauri, que começou a gritar e foi até a tribuna, enquanto Dr. Antônio (DEM), que presidia a sessão, pedia ordem. Nesse momento a Polícia Legislativa interviu e o parlamentar deixou o plenário.

“Geralmente são pessoas que não dão conta do debate. Daqui uns dias o deputado vai meter a mão”, emendou Cláudio. “Temos que abrir uma corregedoria. Daqui a pouco, quando fizer um contraditório poderei ser atacado por não concordar com o Caiado”.

Ainda segundo Cláudio, esse tipo de comportamento de legisladores acharem que vão ganhar as coisas no grito tem que acabar. “Quer defender o governo, que defenda de forma ética, mas não ofendendo as pessoas. Que fique registrado a forma antidemocrática com que tem se posicionado o deputado Amauri”.

 

https://youtu.be/dc-mZEbgPi8