O governador Ronaldo Caiado (DEM) foi eleito no primeiro turno das eleições bafejado por um discurso de mudança, cujo mote foi o de devolver Goiás ao goianos.
O capital político obtido nas urnas, jamais permitido a qualquer outro governador, deu a Caiado autoridade para fazer o que bem entendesse, livrando-o liminarmente de quaisquer pressões, em especial as de natureza política.
Passados 110 dias de gestão, uma densa neblina de decepção cai sobre o governo Caiado, que sedimenta a imagem de governo do blablablá, que só reclama e culpa o passado, que não tem projeto para o estado.
Sem norte, como anotou a jornalista Cileide Alves em artigo em O Popular, o governador que surgiu do candidato combativo e aglutinador desfila despreparo e cinismo, incompetência e arrogância, frustrando a expectativas nele depositadas pelos goianos.
A vaia que Caiado tomou no início da procissão do Fogaréu, registrada em vídeo pela TV Anhanguera, indica que a lua de mel acabou e a tolerância com ele e sua legião de parentes e estrangeiros chegou aos estertores.
O fato é que o capital político queimou-se e agora a ele só resta uma alternativa: abaixar a bola, pedir desculpa aos goianos, parar de reclamar e trabalhar.
E um bom caminho para este recomeço seria providenciar o imediato pagamento do salário de dezembro dos servidores públicos.
Do contrário, será a consumação deste descalabro que aí está.
https://youtu.be/vfr8h8nOrw8