O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol), Paulo Sérgio Alves de Araújo, falou ao Jornal Opção o objetivo da paralisação da Polícia Civil hoje não é mostrar que os policiais querem privilégios, mas sim a garantia de seus direitos. Segundo ele, as forças de segurança, com exceção dos militares, perdem muito com a reforma. E garante que em todo o mundo, é reconhecido o direito de se aposentar de forma diferenciada em função dos riscos oferecidos pela profissão. Entretanto, de acordo com o novo texto da Previdência, a classe será prejudicada.
O presidente alega que até então, os policiais civis, policiais federais e policiais rodoviários federais não têm idade mínima para se aposentar, basta o cumprimento de 30 anos de serviço nas forças policiais para os homens, e 25 para as mulheres. “Não podemos permitir que isso (mudanças na Previdência) aconteça no Brasil, nós já não temos direito a greves, horas extras, nem adicional noturno como os trabalhadores comuns, trabalhamos 24 horas por dia”, declarou.
Paulo Sérgio disse ainda: “Quando trabalhamos 30 anos, equivale a 40 anos de um trabalhador comum, isto porque somos obrigados a trabalhar mesmo de folga, sob pena de prevaricação. Somos diferentes e queremos ser tratados de forma diferente”.
O presidente reforçou que o protesto é contra o que o governo quer fazer com quem luta contra a violência no país. E disse ainda, que está agendada uma nova manifestação em Brasília, no próximo dia 21. “Só queremos ser tratados e respeitados pela nossa profissão”, concluiu.