Empresários que atuam em Anápolis manifestam apreensão diante da judicialização da disputa pela concessão do Porto Seco, hoje travada entre duas empresas – a Porto Seco Centro-Oeste S/A e a Aurora da Amazônia Terminais e Serviços S/A.
A preocupação dos empresários diz respeito à folha corrida de Franco Di Gregorio, dono da empresa Aurora Amazônia, que teria como parceiros nos negócios em Goiás os filhos do ex-secretário da Indústria e Comércio, Ridoval Chiareloto, e um cunhado do governador Ronaldo Caiado, o que pode sugerir uma rede de poder econômico e tráfico de influência política.
Di Gregório não tem boa fama e e costuma joga pesado: circula nos meios empresariais que ele teria sido condenado por contrabando de carros no Amazonas e teria a sede do seu grupo empresarial instalada num paraíso fiscal. Por conta de problemas na Justiça, a Aurora da Amazônia foi desclassificada por inidoneidade na concorrência do terminal de cargas do Aeroporto de Manaus e também afastada da Estação Aduaneira de Sorocaba.
A Aurora da Amazônia já foi inabilitada pela Receita Federal na concorrência do Porto Seco por problemas na certidão de uso do solo da área para a construção da sua estação, além de não se localizar dentro ou em região adjacente ao Distrito Agroindustrial de Anápolis, conforme estabelece lei municipal.
Os empresários instalados em Anápolis temem que o Porto Seco, que já opera na cidade há 20 anos com a Porto Seco Centro-Oeste, fique paralisado por uma guerra judicial o que prejudicaria o fluxo de mercadorias, em especial com a entrada em Operação da Ferrovia Norte.
Há um consenso entre os empresários: o encrencado Di Gregório está na área e, com ele, o Porto Seco de Anápolis corre sério risco de deixar de operar, como está ocorrendo em Sorocaba, cujo contrato de concessão da estação aduaneira encontra-se suspenso depois de ação judicial movida pela mesma Aurora da Amazônia.