A pesquisa da Adial Goiás sobre os incentivos fiscais revelou o medo profundo, o horror, que seus empresários associados têm de perder as incontáveis vantagens tributárias resultantes dos benefícios.
É um grupo pequeno de empresários, em torno de 600, que estão acostumados, há décadas, a ganhar muito trabalhando pouco. Não por acaso a mão de obra de Goiás é considerada uma das mais baratas do país.
CPI dos Incentivos pode deixar um grande legado para Goiás: mostrar se as empresas que receberam incentivos cumpriram as contrapartidas
Por trás das críticas descabeladas e sem efeito da Adial Goiás à CPI dos Incentivos Fiscais da Assembleia Legislativa há um imenso pavor: a prova dos nove sobre se as empresas que receberam benefícios de fato cumpriram as contrapartidas estabelecidas em contrato.
As principais contrapartidas são o emprego e o efetivo pagamento, sem sonegação, da parte não incentivada do ICMS. Esse é o princípio básico dos benefícios: abrir vagas de trabalho, gerando renda, e cobrar poucos menos impostos para que a parte recolhida fique imune à sonegação.
O medo da Adial Goiás é que a CPI mostre justamente o contrário. Um medo sintomático, aliás.