A jornalista Fabiana Pulcineli, de O Popular, integra a relação de lições deixadas pela Operação Decantação.
A repórter, que se notabilizou na reportagem política por sua cobertura implacável contra o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), foi uma das jornalistas que mais tripudiou sobre os 38 investigados, embarcando na espetacularização da apuração.
Hoje, em seu comentário diário na CBN Goiânia, Fabiana teve de defender a sentença do juiz Rafael Ângelo Slomp, da 11.ª Vara da Justiça Federal de Goiânia.
Ela teve também de admitir que a rejeição da denúncia, classificada de “inepta” e “sem provas” pelo magistrado, chama à reflexão sobre os excessos resultantes da criminalização da política.
Fabiana, entretanto, não pediu desculpas por seus próprios excessos. Indiretamente, atribuiu aos promotores e à Polícia Federal a responsabilidade pelo que chamou de “auê” e “operação midiática”.
Mas o fato de ela não ter um mínimo de humildade não significa que ela não tenha entendido o recado. Se tivesse feito seu trabalho com isenção, Fabiana poderia ao menos ter dito hoje: “Eu alertei”.