quarta-feira , 17 julho 2024
Notícias

(URGENTE) Decisão de Gilmar Mendes permite Caiado dar calote na dívida por seis meses

Em despacho do ministro Gilmar Mendes, nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal concedeu liminar numa ação proposta pelo governo de Goiás para suspender por seis meses o pagamento das parcelas de parte da dívida estadual (relativas a seis contratos com bancos oficiais), ficando o governo federal, avalista dessas operações, proibido de executar as garantias e também de inscrever o Estado em qualquer cadastro negativo.

Veja abaixo a decisão de Gilmar:

Diante de todas essas circunstâncias, defiro, em parte, os pedidos do Estado de Goiás, determinando que a União:

1) permita o ingresso do Estado de Goiás no regime de recuperação fiscal (RFF) previsto na Lei Complementar 159/2017, com a suspensão da execução das contragarantias dos 6 (seis) contratos delineados nesta demanda, pelo prazo inicial de 6 (seis) meses, sem prejuízo de posterior reavaliação;

2) abstenha-se de inscrever o ente federado em cadastros restritivos em decorrência desses fatos, até que seja finalizada esta demanda;

e 3) restitua os valores porventura bloqueados ou descontados, caso tenha ocorrido a execução do bloqueio e/ou contragarantia.

Determino ainda: 4) a suspensão do pagamento das parcelas dos 6 (seis) contratos ora identificados – pelo prazo inicial de 6 (seis) meses –, ficando condicionada ao comprometimento do Estado com as diretrizes da Lei Complementar 159/2017, mais notadamente com o programa de ajuste de suas contas, por meio da aprovação de lei estadual contendo um Plano de Recuperação (§ 1º do art. 2º da LC 159/2017);

5) que o Estado de Goiás protocole, no prazo máximo de 6 (seis) meses a contar da intimação desta decisão, do pedido de ingresso no Regime de Recuperação Fiscal no Ministério da Fazenda, apresentando o Plano de Recuperação, nos termos da Lei Complementar 159/2017 e do Decreto 9.109/2017;

6) a análise, pela União, do preenchimento dos requisitos legais sobre a possibilidade de o Estado de Goiás ingressar no RRF, superado o óbice presente no inciso I do art. 3º da Lei Complementar 159/2017 e considerado o preenchimento do disposto no II do art. 3º da Lei Complementar 159/2017, ao computar as despesas com inativos, pensionistas e o dispêndio com imposto de renda do quadro funcional do Ente subnacional. Fica o Estado-autor ciente que, caso não sejam cumpridas as determinações contidas na LC 159/2017 e no Decreto 9.109/2017, a seu cargo, ou na hipótese de a União indeferir o pedido de ingresso no RRF por outros motivos ou, ainda, surjam outros questionamentos legais impeditivos (ora desconhecidos), a tutela de urgência destes autos poderá ser modificada ou revogada, a qualquer tempo, na forma do art. 296 do CPC. Cite-se União para que apresente sua contestação, no prazo legal de trinta dias (art. 335 c/c art. 183, todos do CPC). Publique-se. Intimem-se, COM URGÊNCIA.

Artigos relacionados

Notícias

Advogado Romero Ferraz pede inclusão de diretor-geral do MP em interpelação de Marconi contra procurador

Fato O advogado Romero Ferraz pediu a inclusão do diretor-geral do Ministério...

Notícias

Carlinhos Cachoeira detona compra de fazenda por juiz federal, que acaba afastado pelo CNJ

Fato • Nesta terça-feira (16) Carlinhos Cachoeira publicou em seu perfil oficial...

Notícias

Goiás violento: dupla portando uma réplica de fuzil assalta uma pizzaria no Setor Maysa extensão em Trindade

Fato • Dois criminosos foram flagrados andando pelas ruas do Setor Maysa...