O Ministério Público Federal (MPF) instaurou Procedimento Administrativo de Acompanhamento (PA) para acompanhar o cumprimento do piso salarial dos profissionais do magistério público da educação básica em Goiás. A medida faz parte de uma ação nacional coordenada pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do MPF. Em 2008, a Lei 11.738/2008 instituiu o piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, tendo como um dos intuitos a valorização da categoria.
O piso, cujo valor atual é de R$ R$ 2.557,74, é o montante mínimo que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios poderão fixar o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica para a jornada de, no máximo, 40 horas semanais. A mesma lei prevê, ainda, que a União será responsável por cooperar tecnicamente com estados e municípios que não conseguirem assegurar o pagamento do piso, de forma a assessorá-los no planejamento e na aplicação de seus recursos e, se necessário, na complementação de recursos.
De acordo com a procuradora da República Mariane Guimarães de Mello Oliveira, a citada lei não prevê sanções quanto ao seu descumprimento, o que pode estimular administradores públicos a negligenciarem a questão. “Além do descumprimento da lei que instituiu o piso, o pagamento a menor afronta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que estabelece como um dos princípios do ensino a valorização desses profissionais”, aponta a procuradora.
Medidas iniciais — O MPF solicitou à Secretaria Estadual de Educaçã