domingo , 24 novembro 2024
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Lêda Borges quer que propaganda que incita violência contra mulher seja penalizada

A deputada estadual Lêda Borges (PSDB) quer penalizar veiculação de publicidade ou propaganda misógina sexista ou estimuladora de agressão e violência sexual contra a mulher no Estado de Goiás. O projeto foi apresentado na Assembleia e visa estabelecer sanções pecuniárias às empresas que veicularem o tipo de material expresso na propositura nos meios de comunicação impresso, eletrônico ou audiovisual.

“A publicidade é uma poderosa força de persuasão que modela atitudes e comportamentos no mundo contemporâneo, influenciando profundamente as pessoas e a sua maneira de compreender a sociedade”, aponta a parlamentar.

Objeto de consumo

A legisladora afirma ainda que, “infelizmente o emprego da imagem feminina como objeto prontamente disponível para a satisfação dos desejos masculinos é uma prática largamente explorada pelo mercado publicitário”, critica.

Na opinião de Lêda, “essa conduta contraria os direitos das mulheres e a igualdade de gênero, ao perpetuar os valores do machismo de submissão feminina”, reitera.

“Há muito tempo as mulheres são retratadas em propagandas de produtos de limpeza, eletrodomésticos”, lembra a parlamentar. “Atualmente a mulher passou a ser tratada inclusive como produto de consumo, com seu corpo como atributo mercadológico, destituído de dignidade, “coisificado”, hipersexualizado, carregado de uma concepção misógina”, salienta.

No entendimento da deputada, “é imprescindível o debate do estereótipo da mulher nas mídias, visto que também é por meio delas que a misoginia, o machismo e o incentivo à violência contra a mulher, se dispersa na sociedade”, aponta a peessedebista.

Censura

“Pondera-se que a presente iniciativa não tem por objetivo impor qualquer tipo de censura, mas apenas evitar a veiculação de propagandas que tenham por finalidade depreciar a imagem da mulher ou de estimular a prática de violência contra a mulher”, justifica Lêda Borges.

Ao finalizar a deputada explica que, “a aprovação do projeto em análise visa combater esta conduta que atenta frontalmente à dignidade feminina e à igualdade entre gêneros, estimulando a violência contra mulheres e meninas”, argumenta.